Gestão e Prevenção Ambiental na Indústria do Petróleo
P.DSc. Roberto Roche
robertoroche@robertoroche.com.br
Preocupações com os desastres ecológicos têm caráter universal, atingindo a todos. Nas últimas décadas, essas questões têm exercido grande influência nos custos econômicos e a proteção do meio ambiente têm se tornado um importante campo de atuação para governos, indústrias, grupos sociais e indivíduos. As operações petrolíferas, neste mesmo período, experimentaram mudanças radicais com implicações significativas, principalmente com a introdução das normas de gestão pela qualidade ambiental, a exemplo da série ISO 14000.
Os custos de reparação e remediação em acidentes ambientais são muitos elevados. Assistimos recentemente em toda mídia, no horário nobre, 15 dias atrás acidentes na Rússia e em São Francisco, na Califórnia, cujos custos totais para remediação dos impactos ultrapassam até o momento mais de 5 milhões de dólares. E agora neste exato momento estamos presenciando acidentes no oleoduto Canadá-EUA e no navio sonda, em Marlim Leste, ou seja , acidentes acontecem o tempo todo neste setor tanto de pequenas ou grandes proporções. E o custo não é só o de recuperação ambiental, mas o custo da imagem perante a sociedade e seus acionistas é imensuravel.
Por outro lado, pequenos acidentes também ocasionam prejuízos à comunidade e às empresas, sobretudo se estes ocorrem freqüentemente,como acontecido em uma plataforma há pouco tempo no RJ ,mas prontamente sanado.
As empresas, cuja atividade em operação é de alto impacto ambiental, constituem-se em crescente preocupação da sociedade e dos órgãos reguladores ambientais, devido ao elevado grau de risco à saúde das populações e de poluição ambiental. Antes da intensa fase regulatória mundial, as operações concentravam suas preocupações, exclusivamente com a produção e os lucros. Ações para proteger o meio ambiente, neste período, eram insignificantes.
Diversos estudos demonstram que a legislação, além de ser um importante instrumento de controle e fiscalização, contribui para a melhoria da gestão das empresas, inclusive para a implantação de medidas que resultam em prevenção ambiental.
A empresa que passa a preocupar-se com as questões ambientais e implanta sistemas de prevenção a acidentes ambientais, busca formas para minimizar os efeitos da poluição. Uma nova postura passa a ser adotada com relação aos processos executados, até então não levada em conta, ou seja: A ordem passa a ser: mudar o tipo de operação na realização dos processos para tentar minimizar o resíduo; agir nas fontes geradoras; minimizar a emissão; valorizar o resíduo para reaproveitá-lo e, só em último caso, tratá-lo.
A implantação de um sistema de gestão ambiental e prevenção ambiental é a resposta dada de algumas empresas de prospecção para controlar os impactos causados, isto é, representa uma mudança organizacional, motivada por práticas que integram o meio ambiente e a operação.
Dentre os inúmeros benefícios alcançados destacam-se alguns, como: a melhoria da imagem perante os diversos atores que interagem com o empreendimento (stakeholders), redução dos custos ambientais; menores riscos de infrações e multas.
Ao mesmo tempo, deve ser ressaltado que essas estratégias asseguram a proteção ambiental através de um trabalho de prevenção a acidentes ambientais, tanto do local de trabalho, quanto dos operadores, além de contribuir para a eliminação ou minimização de impactos ambientais que possam ocorrer.
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