Rádio TECNOPEG - Os Tecnólogos e a resistência do mercado.
Boa Noite Tecnopeguianos!
Antes de fazer a postagem de hoje, gostaria de dizer que o processo de escolha de um novo colaborador do TECNOPEG não acabou. Ainda nao tive tempo para ver todos os e-mails, recebi muitos e-mails, então por isso, está demorando!
Voltando à postagem, para aqueles que nos acompanham no Twitter (www.twitter.com/tecnopeg) viram que esse domingo tive a honra de fazer parte de uma reportagem para o Jornal Estado de São Paulo, na seção Rio Negócios sobre os Tecnólogos e a resistência que eles tem enfrentado no mercado de trabalho.
Eu já fiz diversos artigos aqui no TECNOPEG comentando sobre esse preconceito e a formação de Tecnólogo. Confira a seguir:
- Oportunidade para Tecnólogos em Petróleo e Gás e uma análise sobre as Atribuiçoes do mesmo.
- Por que a Petrobrás recusa egressos de cursos Tecnológicos?
- Graduação em Tecnólogo - Diferentes Perspectivas x Demanda do Mercado
Outro artigo muito interessante que fala sobre essa demanda por mão-de-obra, saiu essa semana no Power Energia: Petróleo em águas profundas e os recursos humanos.
A seguir o artigo do Estadão na íntegra, confiram!
Tecnólogo tem variedade de cursos, mas enfrenta resistência do mercado
Os cursos superiores de tecnologia surgiram no Brasil na década de 1960. A instituição mais famosa e reconhecida são as Fatecs que surgiram em 1968 em São Paulo, com a missão de oferecer cursos de construção civil e mecânica. O tecnólogo tem seu curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e a única diferença para o curso superior tradicional é que, em geral, os primeiros duram menos tempo, são mais especializados e voltados para o mercado de trabalho. Quem tem o diploma pode fazer pós-graduação, mestrado e prestar concurso público. Para ajudar na difusão do ensino, foram criadas escolas federais em 2008. Segundo dados do MEC, os cursos superiores de tecnologia já representam 16% da oferta de vagas na graduação do País.
Os tecnólogos vivem hoje no Brasil uma situação paradoxal. Os cursos são incentivados pelo governo federal, mas algumas categorias enfrentam dificuldades deaceitaçãonomercado.Sua formação é mais rápida do que as graduações tradicionais e focada na prática de determinada área, mas empregadores? Inclusive estatais ainda relutam contratá-los.
Alguns são disputadíssimos, outros preteridos. Esse é o drama do trabalhador espremido entre duas realidades e que luta para ser reconhecido. Ainda existe muito preconceito contra os tecnólogos. Acredito que isso acontece pelo desconhecimento em relação à formação, afirma o presidente do Sindicato dos Tecnólogos de São Paulo, José Paulo Garcia. Além do setor privado, ele diz que também há restrições por partede alguns conselhos reguladores de profissão, que impediriam o graduado de exercer na plenitude suas habilidades. Cerca de 90% das reclamações que recebemos são em relação ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), que atribui menos competências ao tecnólogo do que ele pode exercer, diz Garcia. Até o fechamento desta edição,na sexta-feira à noite,o Crea-SP não havia se manifestado sobre as afirmações de Garcia. O conselheiro do Conselho Federal de Engenharia, Arquiteturae Agronomia (Confea), Roberto Costa e Silva, diz que as competências do tecnólogo foram regulamentadas em 2007 pela Resolução 1.010 da organização.
A medida estipula que ele tem as mesmas atribuições (competências midas a sua formação acadêmica específica, diz Costa e Silva. Para ele, eventuais excessos por parte dos conselhos regionais devem ser denunciados ao Confea.
Reconhecimento. A formação tecnológica é ampla,sendo autorizadas pelo Ministério de Educação 113 opções de cursos nessa modalidade. No mercado, uma área onde não existe impedimentos ao trabalho é em tecnologia da informação. Segundo levantamento das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), no curso de análise e desenvolvimento de sistemas, a empregabilidade para um formado é de 100% após um ano da graduação. Isso ocorre porque é uma área muito carente. Algumas pesquisas estimam que faltem ao Brasil 100 mil profissionais nesse campo,afirma o coordenador de ensino superior das Fatecs, Angelo Cortelazzo. O estudante do quinto semestre do curso,Sidney de Aquino, de 37 anos, já está empregado mesmo faltando um ano e meio para o final da graduação. A maioria dos meus colegas de classe também já trabalha na área, afirma Aquino.
Ele chegou a ficar receoso ao selecionar a formação.Escolhi o curso pela formação mais rápida, prática e não me arrependi, completa o estudante. O déficit é tão grande no setor, que até mesmo uma instituição recém-criada coloca seus alunos no mercado de trabalho. A Faculdade de Tecnologia da Informação do Colégio Bandeirantes (BanTec), abriu cursos na área em 2010 e ainda não tem alunos formados. Mas segundo o diretor de planejamento da faculdade, Eduardo Tambor Júnior, uma pesquisa interna revelou que a empregabilidade entre os alunos do terceiro semestre, a classe mais avançada é de 92%. Do outro lado da moeda, existem os cursos preteridos. Victor Alves, de 22 anos, se formou tecnólogo em petróleo e gás no fim de 2009, motivado pelas oportunidades da descoberta do présal. Só que no primeiro ano da graduação, soube que a Petrobras não permitia aos graduados na modalidade prestar concurso para seus quadros.
Decepcionado, trancou as aulas e voltou só um semestre depois. Ele criou um blog para reunir oportunidades para os tecnólogos no setor e descobriu que elas não são muitas nesse segmento. Quando existem, estão em empresas fornecedoras e não nas extratoras, como a Petrobras. No mar, preferem o técnico. Na terra, o engenheiro, diz Alves.Só depois de ficar conhecido pelo blog e persistir, conseguiu um emprego numa plataforma de petróleo. Enquanto algumas formações não são reconhecidas, para outras não falta trabalho. Confea afirma que competências estão definidas são as opções de cursos tecnológicos liberados pelo MEC é o índice de empregabilidade dos alunos após um ano de conclusão do curso de análise de sistema nas Fatecs foi o número de matriculados em cursos para formação de tecnólogos em 2009 das vagas de graduação no Brasil são voltadas para graduações tecnológicas.
Fonte: http://rio-negocios.com/tecnologo-tem-variedade-de-cursos-mas-enfrenta-resistencia-do-mercado/
Visite também:
PETRÓLEO VAGAS, onde sua vaga na Indústria de Petróleo está esperando por você. www.petroleovagas.blogspot.com
PETRÓLEO E GÁS NETWORKING, a Rede Social do Estudante e Profissional da Indústria do Petróleo
www.petroleonet.ning.com
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"Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipense 4:13)
1 comentários:
Bom dia! Obrigado aos colegas do Tecnopeg pelas informações. Acompanho também diariamente o Petroleo Vagas e, embora as oportunidades ficaram um tanto raras, sou fã de vocês.
Concordo que ainda há muita resistência aos cursos tecnológicos, mas o mercado começa mudar. Em editais atuais de concursos, como DataPreve e outros, são oferecidas oportunidades para tecnólogos em informática.
Claro, essa oferta é em função da demanda existente na área de informática, mas acredito que já mostra a nova realidade. São vagas que oferecem salários que considero adequados à formação dos tecnólogos, que fica justamente entre os salários de nível técnico e nível superior.
No fim do ano eu completo o curso de tecnólogo em comércio exterior, e posso dizer que estou satisfeito com o curso, que é EAD.
Tenho aprendido muito, diferente de quando estava na faculdade presencial de Eng, quando frequentei até o 6º semestre, mas não considero que tenha aprendido muito...
E não vou ficar apenas esperando que as empresas aceitem ou não o curso tecnólogo. Pretendo fazer concursos para nível superior em qualquer formação, e se houver qualquer impecílio, eu entro na justiça exigindo meus direitos.
Alguém aqui pretende fazer o mesmo?
Aconselho os colegas a fazer o mesmo, e não apenas ficar esperando empresas privadas ou a nossa querida Petrobras a aceitar os seus respectivos curso.
Grande abraço a todos e deixem as suas opiniões.
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