A crise econômica mundial começa a contribuir para que a Petrobrás contorne dois grandes obstáculos em relação ao pré-sal: a escassez de equipamentos e o alto custo das encomendas para o setor. Segundo o gerente executivo da estatal para o pré-sal, José Formigli, a empresa já identificou novas oportunidades para contratar sondas de perfuração a custos cerca de 30% menores. Além disso, a queda no preço do aço deve ter efeito positivo na cadeia de suprimento. A falta de sondas no mercado externo levou a companhia a pedir à Agência Nacional do Petróleo (ANP) extensão de prazos exploratórios do pré-sal. O pedido foi negado, detonando uma busca por equipamentos que, segundo Formigli, vem tendo sucesso. Ele disse que a companhia já negocia a contratação de novas unidades para início de operações no curto prazo.
O número de novas sondas, afirmou, vai depender do custo. "Os projetos precisam suportar os preços de robustez em torno dos US$ 45 por barril. Se não suportar isso, não serão tocados. Esse é um recado para a cadeia, que tem de se adaptar à variação de preços." Em entrevista após a abertura da feira Brasil Offshore, ele citou como exemplo da estratégia a renegociação das encomendas das plataformas P-55, P-57, P-61 e P-63, que tinham preços acima do estimado pela empresa.
Fonte: Estadão, Economia – Nicola Pamplona
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