Diário Offshore Tecnopeg nº 3 - Impressões do Primeiro Embarque e Vida na Plataforma
Boa Noite Amigos Tecnopeguianos!
Sei que estou na dívida com vocês, já desembarquei desde quinta (06/05) e ainda não contei quais foram minhas impressões do meu primeiro embarque. Além disso, também estou devendo resposta para muitos e-mails que recebi. Peço a compreensão de vocês, pois estou me acertando ainda desde que cheguei, voltando aos pouquinhos.
Nesta noite, estarei falando sobre as minhas impressões sobre meu primeiro embarque, na Peregrino A, da Statoil (foto ao lado). Tentarei passar um pouco de como é viver embarcado, que acredito ser, o sonho de muitos que visitam o TECNOPEG.
A Expectativa de trabalhar embarcado já começou desde que assinei a carteira no dia 31/03. Depois disso, tive que aguardar para fazer o CBSP, na Falck Nutec (Antigo Salvatagem). Depois que terminei o curso, ainda esperei por volta de quase 2 semanas até que fosse chamado para embarcar, o que ocorreu no dia 22/04, em pleno feriadão.
CHECK-IN NO AEROPORTO
A empresa me ligou no dia 20/04, para confirmar a data de embarque. E no dia 22/04, as 6:30, tinha que estar no aeroporto de Macaé para embarcar. Chegando no aeroporto, a primeira impressão que eu tive, é da quantidade de pessoas que embarcam e desembarcam diariamente das plataformas, e é gente de todos os lugares do Brasil e do Mundo, das mais diversas empresas.
Assim que chega no aerporto, tem que se fazer o check-in, onde o funcionário do aeroporto pesa suas bagagens e as revista. Em caso de celulares, aparelhos eletrônicos e remédios, você deve lacrá-los, e preencher um documento dizendo que os está levando. (Existem algumas diferenças no sistema Petrobrás, que ouvi dizer, mas não sei muito bem, pois nunca trabalhei com eles, caso saibam, podem compartilhar.) É extremamente importante também que estejam com os documentos em mãos, inclusive a carteirinha de Salvatagem! Caso não esteja, você pode não embarcar. (Isso aconteceu com um funcionário nosso)
Depois que todo esse trâmite no saguão, os passageiros do vôo devem passar por um Briefing de Vôo, que nada mais é do que um filme com normas de segurança do helicóptero em caso de acidentes. (Esse mesmo filme também é passado quando a pessoa vai desembarcar). Depois que todos veem o filme, é hora de aguardar a hora do voo e caminhar até o helicóptero. Chegando no helicóptero, coloca-se o colete salva-vida, e o protetor auricular. (Viajantes de primeira viagem, vão na primeira fila rs)
CHEGADA À PLATAFORMA
A viagem até a plataforma foi aproximadamente 30 minutos de pura ansiedade. É simplesmente sensacional ver os navios, plataformas e barcos de apoio embaixo de você. Foi super tranquila e não teve nenhum problema. Ao avistar a Peregrino, o coração bateu mais forte e ai sim, caiu a fixa de onde eu estava. Desembarcamos no heliponto do Dan Swift, que é o Flotel que estava ao lado da Plataforma. Ao chegar, tivemos que passar pelo check-in da recepção e para aqueles que fossem navegantes de primeira viagem no Flotel, tinham que passar por um passeio no mesmo para conhecer as instalações. Depois disso, começava minha longa jornada de 14 dias...
VIDA NA PLATAFORMA
Adaptação e Regime de Trabalho
Para alguns, os primeiros dias no Flotel são péssimos, eu mesmo tive 2 colegas que passaram muito mal nos 2 primeiros dias , a ponto de quase pedirem para sair, devido ao balanço do navio (balança um pouco rs) e até mesmo do confinamento (não são todos que adaptam-se facilmente). Eu, graças a Deus, não tive nenhum problema. Contribui para o desgaste talvez, o árduo regime de trabalho, que é de 12 horas diárias. de 7:00 as 19:00 e 19:00 as 7:00 (Dayshift e Nightshift, respectivamente). No caso da galera que ficava com a parte da produção da obra, ou seja, aqueles que colocam a mão na massa, muitas vezes, eram 12 horas debaixo de sol quente. No meu caso por exemplo, era mais tranquilo pois como eu sou da equipe de planejamento, então a maior do tempo estava dentro do escritório no Flotel, indo à Plataforma só de vez em quando.
Ambiente na Plataforma
Para aqueles que acham que vida offshore é a 8ª maravilha do mundo, talvez mude um pouquinho de idéia quando entrar numa plataforma. Confesso que na primeira vez que subi na plataforma, cheguei a me perguntar se era aquilo mesmo que eu queria, pois é um ambiente extremamente hostil, com muitas tubulações, máquinas, forte calor, ruídos e bastante alto, ou seja, com elevado grau de risco. Mas ainda bem que foi apenas um lampejo de receio, pois depois não queria sair mais de lá! rs. Para aqueles que não querem submeter-se a esses riscos, ou possuem medo de altura, lugares estreitos e etc, não aconselho a entrar nessa área offshore. Por essas e outras que a área de segurança do trabalho é tão valorizada na plataforma, existe um preocupação intensa nesse quesito.
Entreterimento e Alimentação
Essa talvez seja um dos assuntos que mais me perguntaram, muitos tem curiosidade sobre eles. A alimentação na plataforma talvez seja a melhor parte de estar embarcado rs. São 2 refeitórios dentro do Flotel, comida sempre farta, com direito a sobremesa e quantas repetições quiser. A alimentação é feita de 3 em 3 horas, tendo desde café da manhã até ceia na madrugada. Em ambos os refeitórios, existem 2 geladeiras com refrigerantes, leites, sucos, águas para serem consumidos livremente, podendo até levar para o quarto.
Já para entreterimento, tem uma sala de TV, com 2 TV's de plasma e aparelhos de DVD's e alguns computadores. Se a internet fosse um pouco melhor, seria perfeito rs. Mas isso tá melhorando, vão colocar internet à satélite! Além dessa sala de TV, nos vestiários têm mesas de pingue-pongue, e de totó. Para aqueles que querem manter a forma, tem até uma academia dentro do Flotel (não sei se na plataforma terá)
Enfim, tentei passar para vocês um pouco de como é a vida embarcado onde eu estava. Com certeza isso deve mudar de plataforma para plataforma, de empresa para empresa, mas basicamente é isso. Caso tenham algumas dúvidas específicas, mandem via comentários, para que eu possa interagir com vocês e tentar esclarecer o máximo possível.
CHECK-IN NO AEROPORTO
A empresa me ligou no dia 20/04, para confirmar a data de embarque. E no dia 22/04, as 6:30, tinha que estar no aeroporto de Macaé para embarcar. Chegando no aeroporto, a primeira impressão que eu tive, é da quantidade de pessoas que embarcam e desembarcam diariamente das plataformas, e é gente de todos os lugares do Brasil e do Mundo, das mais diversas empresas.
Assim que chega no aerporto, tem que se fazer o check-in, onde o funcionário do aeroporto pesa suas bagagens e as revista. Em caso de celulares, aparelhos eletrônicos e remédios, você deve lacrá-los, e preencher um documento dizendo que os está levando. (Existem algumas diferenças no sistema Petrobrás, que ouvi dizer, mas não sei muito bem, pois nunca trabalhei com eles, caso saibam, podem compartilhar.) É extremamente importante também que estejam com os documentos em mãos, inclusive a carteirinha de Salvatagem! Caso não esteja, você pode não embarcar. (Isso aconteceu com um funcionário nosso)
Depois que todo esse trâmite no saguão, os passageiros do vôo devem passar por um Briefing de Vôo, que nada mais é do que um filme com normas de segurança do helicóptero em caso de acidentes. (Esse mesmo filme também é passado quando a pessoa vai desembarcar). Depois que todos veem o filme, é hora de aguardar a hora do voo e caminhar até o helicóptero. Chegando no helicóptero, coloca-se o colete salva-vida, e o protetor auricular. (Viajantes de primeira viagem, vão na primeira fila rs)
CHEGADA À PLATAFORMA
A viagem até a plataforma foi aproximadamente 30 minutos de pura ansiedade. É simplesmente sensacional ver os navios, plataformas e barcos de apoio embaixo de você. Foi super tranquila e não teve nenhum problema. Ao avistar a Peregrino, o coração bateu mais forte e ai sim, caiu a fixa de onde eu estava. Desembarcamos no heliponto do Dan Swift, que é o Flotel que estava ao lado da Plataforma. Ao chegar, tivemos que passar pelo check-in da recepção e para aqueles que fossem navegantes de primeira viagem no Flotel, tinham que passar por um passeio no mesmo para conhecer as instalações. Depois disso, começava minha longa jornada de 14 dias...
VIDA NA PLATAFORMA
Adaptação e Regime de Trabalho
Para alguns, os primeiros dias no Flotel são péssimos, eu mesmo tive 2 colegas que passaram muito mal nos 2 primeiros dias , a ponto de quase pedirem para sair, devido ao balanço do navio (balança um pouco rs) e até mesmo do confinamento (não são todos que adaptam-se facilmente). Eu, graças a Deus, não tive nenhum problema. Contribui para o desgaste talvez, o árduo regime de trabalho, que é de 12 horas diárias. de 7:00 as 19:00 e 19:00 as 7:00 (Dayshift e Nightshift, respectivamente). No caso da galera que ficava com a parte da produção da obra, ou seja, aqueles que colocam a mão na massa, muitas vezes, eram 12 horas debaixo de sol quente. No meu caso por exemplo, era mais tranquilo pois como eu sou da equipe de planejamento, então a maior do tempo estava dentro do escritório no Flotel, indo à Plataforma só de vez em quando.
Ambiente na Plataforma
Para aqueles que acham que vida offshore é a 8ª maravilha do mundo, talvez mude um pouquinho de idéia quando entrar numa plataforma. Confesso que na primeira vez que subi na plataforma, cheguei a me perguntar se era aquilo mesmo que eu queria, pois é um ambiente extremamente hostil, com muitas tubulações, máquinas, forte calor, ruídos e bastante alto, ou seja, com elevado grau de risco. Mas ainda bem que foi apenas um lampejo de receio, pois depois não queria sair mais de lá! rs. Para aqueles que não querem submeter-se a esses riscos, ou possuem medo de altura, lugares estreitos e etc, não aconselho a entrar nessa área offshore. Por essas e outras que a área de segurança do trabalho é tão valorizada na plataforma, existe um preocupação intensa nesse quesito.
Entreterimento e Alimentação
Essa talvez seja um dos assuntos que mais me perguntaram, muitos tem curiosidade sobre eles. A alimentação na plataforma talvez seja a melhor parte de estar embarcado rs. São 2 refeitórios dentro do Flotel, comida sempre farta, com direito a sobremesa e quantas repetições quiser. A alimentação é feita de 3 em 3 horas, tendo desde café da manhã até ceia na madrugada. Em ambos os refeitórios, existem 2 geladeiras com refrigerantes, leites, sucos, águas para serem consumidos livremente, podendo até levar para o quarto.
Já para entreterimento, tem uma sala de TV, com 2 TV's de plasma e aparelhos de DVD's e alguns computadores. Se a internet fosse um pouco melhor, seria perfeito rs. Mas isso tá melhorando, vão colocar internet à satélite! Além dessa sala de TV, nos vestiários têm mesas de pingue-pongue, e de totó. Para aqueles que querem manter a forma, tem até uma academia dentro do Flotel (não sei se na plataforma terá)
Enfim, tentei passar para vocês um pouco de como é a vida embarcado onde eu estava. Com certeza isso deve mudar de plataforma para plataforma, de empresa para empresa, mas basicamente é isso. Caso tenham algumas dúvidas específicas, mandem via comentários, para que eu possa interagir com vocês e tentar esclarecer o máximo possível.
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"Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipense 4:13)
4 comentários:
Estou acompanhando os relatos do vitor com atenção , pois estou passando por uma tragetoria parecida, estou concluindo um processo seletivo para embarque para uma plataforma no bloco Mexilhão na bacia de Santos que deve acontecer em breve. mais informações sera bem vinda.
um abraço
Afonso
Ótimo relato Vitor, lhe dou os parabéns por essa conquista,
e espero estar um dia nessa vida embarcado.
Grande abraço
Darlan
Boa tarde, sou trader e gostaria de saber se é possível eu levar notebook e ter internet livre lá para fazer meus investimentos.
Ótima matéria, parabéns!
Boa noite.me chamo Rodrigo meu sonho trabalhar nessa area de plataforma
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