No último dia 12 de dezembro (sexta-feira) ocorreu no auditório da UNIP na cidade de santos o 7° Workshop promovido pela Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo (CESPEG) com o tema: Impactos sobre o desenvolvimento regional da exploração e produção de petróleo e gás natural no litoral paulista. Infelizmente recebi o convite em cima da hora e não pude colocar no blog para os demais interessados, mas vou postar aqui um pouco do que foi falado dos profissionais e autoridades que ali estavam.
Na mesa de abertura do evento estavam presentes os deputados estaduais Haifa Madi e Bruno Covas, que ressaltou a importância do aproveitamento da população local para desenvolvimento social e econômico.
Também na mesa estavam representantes das Secretárias de meio ambiente, Silvia Romitelli, e de habitação, Carlos Roberto Della Libera Filho que mostrou dados do déficit de moradias de estado onde 6% (cerca de 55mil) está na região da Baixada Santista, mostrando que há uma necessidade de planejamento urbano das cidades da região. Enfatizou que esse planejamento já está em andamento e que 13 mil novas unidades estão sendo construídas nas 9 cidades da região. Além da reitora da Universidade Santa Cecília, Silvia Penteado Teixeira que colocou a importância do jovem para construir esse futuro e a importância da região, que é o 3° pólo educacional do estado. E o diretor da Unip, Edson Monteiro, que enfatizou o momento impar que a região está passando e das oportunidades que isso trará, do novo desenvolvimento que mudara o país além da importância das universidades nesse desenvolvimento.
Feita as apresentações da mesa, iniciou-se um ciclo de palestras e exposições com pontos de vistas diferentes de cada setor. Iniciando pelo diretor executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), Luiz Carlos Rachid que abordou as Experiências com regiões lindeiras à atividade petrolífera. Foi colocado como exemplo a cidade de Macaé no estado do RJ que à 30 anos era uma cidade pequena e hoje possui umas renda per capita considerável. e nesses últimos 30 anos a população triplicou. Porém a falta de planejamento urbano resultou no surgimento de sub-habitações nos morros e nas áreas de mangue e hoje conta com mais de 14 favelas além do aumento da violência.
Outro exemplo que foi citado e que é importante para a região é quanto ao pagamento de royalties. Macaé recebe 16,69% de royalties, o que representa 50% do orçamento da cidade e a deixa entre os dez municípios com maior concentração de renda per capita do país. Porém contou Rachid que a cidade demorou 14 anos para começar a receber esses royalties. Um ponto positivo (para nós estudantes) foi um dado apresentado por Rachid onde dizia que em janeiro de 2008, mais de 25% da força de trabalho da cidade tinha remuneração superior a 10 salários mínimos.
Rachid terminou dizendo que independente da crise esse momento vai acontecer.
A segunda apresentação foi do Secretário de governo da prefeitura municipal de Santos e coordenador da câmara temática especial de petróleo e gás do condesb, Marcio Lara, que abordou o compromisso da governança com o desenvolvimento das cidades da região em especial Santos que está com varias obras e projetos em andamento, como um mergulhão que ira desafogar o transito das ruas que ligam ao cais alem de projetos para melhoria do transporte público.
Em seguida, na terceira palestra do dia; Os impactos no cenário empresarial regional, o representante da Associação Comercial de Santos (ACS), Virgilio Gonçalves Pina Filho alfinetou a governança ao afirmar que a cidade não estava preparada para tamanho volume de pessoas que chegariam, uma possível migração de 40 mil pessoas para os próximos 5 anos. Segundo ele, Santos não conta ainda com uma boa estrutura nos seguimentos de saúde, educação, entretenimento para atender o crescimento real.
A falta de estrutura e a preocupação com o desenvolvimento também foi tema da quarta palestra; Síntese dos aspectos relevantes e demandas identificadas para o desenvolvimento do litoral paulista, da representante da Agencia Metropolitana da Baixada Santista, Débora Blanco Bastos Dias que voltou a relacionar os royalties com o desenvolvimento local, onde colocou que não há uma comprovação entre as receitas que as cidades recebem com esses pagamentos e seu desenvolvimento humano local, sugerindo que o ponto chave é a forma como o município se prepara para adaptar à atividade petroleira na região.
Débora ainda colocou a questão da instalação de estaleiros e terminais marítimos, uma necessidade que gerará empregos. Porém, segundo ela, para que a região se beneficie da atividade de petróleo e gás é essencial que a população local esteja apta para ser absorvida pelo marcado. Débora ainda colocou a importância do crescimento exponencial do litoral sul de são Paulo que cresce muito mais que as outras grandes áreas e a importância da criação de uma ligação entre essas cidades com são Paulo além das rodovias tradicionais.
Por fim, Gerente-Executivo da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso, abordou o tema; O cenário regional sob a ótica da Petrobras e perspectivas para o futuro que, otimista disse que a crise não modificou nenhum projeto da bacia de santos e não iria desacelerar, e irá tirar da crise a oportunidade, e com fatos e fotos mostrou essa realidade.
Marcusso mostrou os novos campos que irão começar a se desenvolver como o campo de Lagosta, que fica a 6km de merluza e que ira ser iniciado em Janeiro. Reforçou a importância do campo de Mexilhão, o maior campo de gás da America latina (15mil/m³).
Apresentou o projeto em andamento em Caraguatatuba da Unidade de Tratamento de Gás UTG- Monteiro lobato. Além de com bom senso de humor mostrou o FPSO Cidade de Santos que está sendo construído na China.
Sobre o Pré-Sal, Marcusso disse que ano que vem um teste de longa duração (TLD) será feito no campo de tupi, e que no final de 2010 ocorrera a primeira produção comercial de Tupi que contara com 100 mil bpd de óleo e 4 milhões m³/dia de gás. Como ações esquemáticas de curto prazo para o pólo pré-sal da bacia de santos ele citou a implantação de mais 2 pilotos de produção em 2013 e 2014, além da construção de mais 8 FPSOs e colocação deles em geração até 2016. Marcusso ainda anuncio a criação do museu da história do petróleo e desenvolvimento da cidade em um dos galpões próximos da área arrematada para ser construído a nova cede da Petrobras.
O evento possibilitou a apresentação de propostas e troca de experiências entre setores envolvidos para auxiliar no planejamento de ações do Governo do Estado e para analisar os principais impactos ambientais, além de avaliar demandas por educação, saúde e transportes em áreas próximas a estruturas de exploração e produção de petróleo no litoral paulista.
postado por: Diego Thadeu
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