Oportunidades em Alto Mar

Normalmente, não é rápido o processo para encontrar pessoas para trabalhar dentro dos navios em áreas como produção, navegação e instrumentação. Além da experiência e do tempo de trabalho em outras embarcações, é necessário disposição para passar até 30 dias em alto-mar. As compensações vêm em forma de remuneração acima da média - os salários do setor de petróleo e gás são de 15% a 20% mais altos que em outros segmentos da indústria - além do pacote de benefícios atrativo. No entanto, tão importante quanto a formação desse profissional é a prática obrigatória no oceano, o que faz desses trabalhadores ativos escassos para as empresas.
Mas porque a vivência nas embarcações é tão importante, já que para exercer algumas funções basta a formação? Simplesmente porque o aspecto psicológico pesa durante a viagem nos navios. A rotina de trabalho é intensa e o convívio diário com o mesmo grupo de pessoas durante muito tempo pode ser uma prova de resistência até para os mais fortes. Por isso, o trabalho de recrutamento especializado para a área de óleo e gás ganha corpo e importância cada vez maiores. Este processo minimiza riscos e seleciona profissionais com perfis mais apropriados a cada uma das funções disponíveis.
A contrapartida para solucionar o problema da escassez também vem do Governo Federal, que lançou em 2003 o Programa Nacional de Mobilização da Indústria do Petróleo e Gás (Prominp). Desenvolvido pela Petrobras, o Programa tem o SENAI como parceiro e é um importante acesso dos interessados em atuar no setor ao mercado de trabalho. Segundo dados do próprio programa, será necessário qualificar 207 mil profissionais para atender a demanda do setor de petróleo e gás entre os anos de 2010 e 2013. Dentre esses profissionais, 65% seriam de nível básico, 28% para nível médio e técnico e 7% para nível superior.
Sem dúvida, o mercado de óleo e gás tem potencial e o investimento na formação adequada trará resultados para quem tiver interesse e disposição em atuar na área. Além das oportunidades no Brasil, empresas multinacionais investem na capacitação de seus recursos humanos fora do País. É uma solução que as companhias encontraram para resolver o problema da falta de qualificação do profissional brasileiro, que com essa experiência consegue obter dois ganhos em capacitação - técnica e do idioma inglês, que também é uma grande demanda do mercado. Portanto, o caminho para uma carreira bem sucedida pode começar em terra, mas certamente reserva boas oportunidades em alto-mar.
Este artigo foi retirado do site da Robert Half e escrito pelo Fabiano Kawano, ele é consultor da divisão de engenharia da Robert Half no Rio de Janeiro
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"Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipense 4:13)
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