domingo, 28 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Como ser contratado por uma das melhores
1. Defina as empresas nas quais você gostaria de trabalhar
Não adianta sair disparando currículos sem critéiro nenhum. Quem faz isso acaba sendo chamado para trabalhar numa empresa que nada tem a ver com seu perfil profissional. É melhor fazer uma lista com os nomes das empresas que se encaixam em seu perfil profissional - e dar os tiros certos.
2. Contenha-se no curriculo
Um recrutador típico gasta 40 segundos para guardar ou jogar fora um currículo. Por isso, seu currículo deve ter, no máximo, duas páginas. Destaque as principais atividades que desenvolveu e os resultados obtidos. Detalhes como experiência profissional no exterior e participação num projeto importante contam pontos.
3. Vire um contador de histórias
Todas as histórias profissionais têm altos e baixos. É importante que você saiba apresentar sua vida profissional como um caminho coerente. O que você viveu conta pontos. Como você se transformou conta mais.
4. Tenha bons modos
Parece óbvio, mas faz muita diferença. Paciência, tranquilidade, educação ao tratar os outros impressionam posistivamente. Em igualdade de condições, o comportamento é um fator decisivo na contratação. Demonstrar vontade de aprender é crucial.
5. Seja curioso
Na hora da entrevista, faça perguntas sobre a empresa. Não esqueça que não é só o entrevistador quem avalia. Você também está analisando a empresa.
6. Explicite seus valores pessoais
As empresas têm uma preocupação especial em saber se já compatibilidade entre seus valores e os de seus funcionários. A preocupação com o equilibrio entre o trabalho e vida pessoal e a dedicação a algum tipo de trabalho social costumam ser vistas com simpatia.
7. Não exagere
Não tente impressionar com conhecimentos que você não domina - mas também não sabote a si mesmo. Nessas horas, é melhor ser autêntico e sincero. Candidatos que são flagrados mentindo são descartados na hora.
8. Turbine seus conhecimentos
Faça uma especialização. Mas cuidado para não investir tempo e dinheiro em escolas ou cursos que pouco tenham a ver com seus planos. As empresas valorizam currículos que apresentam nomes de instituições que são referência.
9. Faça pesquisa criativa
Não dá pra ir a uma entrevista sem conhecer bem a empresa. É preciso visitar o site da organização, conhecer seus produtos, estudar o mercado em que ela atua e saber quais são seus concorrentes. A maioria dos candidatos à vaga fará isso. Então como se destacar? Saiba mais. Faça uma pesquisa melhor que a dos outros. Fale com clientes, tenha idéias para produtos. Lembre-se: você quer trabalhar lá, não quer? Então, comece trabalhando.
10. Ajuda conhecer alguém
Ter uma boa rede de contatos é meio caminho para conquistar a vaga. Boa parte das 100 Melhores Empresas estimula seus funcionários a indicar pessoas para trabalhar. Poucas divulgam suas vagas para o mercado ou em anúncios em jornais. Portanto, saida da toca, frequente congresso e feiras, faça novas amizades, troque cartões, telefone para os amigos.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Feliz Natal e um Próspero ano novo!
Amigos Leitores do TecnoPeG',
Gostaria de pedir desculpas pela ausência nas últimas semanas de postagens, é porque foi reta final de provas no meu trabalho, então fiquei meio atolado. Além disso essa semana entrei de férias, então é mais díficil de acessar a internet!
Mas fiquem tranquilos que continuaremos sempre que possível com nossas matérias, materiais e etc, por isso, não deixem de divulgar nosso querido blog!
Gostaria de agradecer muito pelos mais de 10.000 visitantes do nosso blog! Agradeço a cada um, pois graças a vocês que fazemos esse trabalho, é para vocês! Cada visitante é uma motivação para nós! Por isso peço que sempre pudederem, comentem , dêem sugestão, critiquem, tudo para melhorar o nosso espaço.
Aproveito também a oportunidade para desejar a todos um feliz natal e um ano novo de muitas bençãos e sucesso!
Que 2009 seja um ano melhor para todos, seja pessoal e profissionalmente! Que seja um ano melhor para nós Tecnólogos, rs. temos que manter a perseverança pois é uma batalha de cada vez para nosso reconhecimento.
Um abraço a todos,
Sucesso
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Resenha - Workshop CESPEG
Na mesa de abertura do evento estavam presentes os deputados estaduais Haifa Madi e Bruno Covas, que ressaltou a importância do aproveitamento da população local para desenvolvimento social e econômico.
Também na mesa estavam representantes das Secretárias de meio ambiente, Silvia Romitelli, e de habitação, Carlos Roberto Della Libera Filho que mostrou dados do déficit de moradias de estado onde 6% (cerca de 55mil) está na região da Baixada Santista, mostrando que há uma necessidade de planejamento urbano das cidades da região. Enfatizou que esse planejamento já está em andamento e que 13 mil novas unidades estão sendo construídas nas 9 cidades da região. Além da reitora da Universidade Santa Cecília, Silvia Penteado Teixeira que colocou a importância do jovem para construir esse futuro e a importância da região, que é o 3° pólo educacional do estado. E o diretor da Unip, Edson Monteiro, que enfatizou o momento impar que a região está passando e das oportunidades que isso trará, do novo desenvolvimento que mudara o país além da importância das universidades nesse desenvolvimento.
Feita as apresentações da mesa, iniciou-se um ciclo de palestras e exposições com pontos de vistas diferentes de cada setor. Iniciando pelo diretor executivo da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), Luiz Carlos Rachid que abordou as Experiências com regiões lindeiras à atividade petrolífera. Foi colocado como exemplo a cidade de Macaé no estado do RJ que à 30 anos era uma cidade pequena e hoje possui umas renda per capita considerável. e nesses últimos 30 anos a população triplicou. Porém a falta de planejamento urbano resultou no surgimento de sub-habitações nos morros e nas áreas de mangue e hoje conta com mais de 14 favelas além do aumento da violência.
Outro exemplo que foi citado e que é importante para a região é quanto ao pagamento de royalties. Macaé recebe 16,69% de royalties, o que representa 50% do orçamento da cidade e a deixa entre os dez municípios com maior concentração de renda per capita do país. Porém contou Rachid que a cidade demorou 14 anos para começar a receber esses royalties. Um ponto positivo (para nós estudantes) foi um dado apresentado por Rachid onde dizia que em janeiro de 2008, mais de 25% da força de trabalho da cidade tinha remuneração superior a 10 salários mínimos.
Rachid terminou dizendo que independente da crise esse momento vai acontecer.
A segunda apresentação foi do Secretário de governo da prefeitura municipal de Santos e coordenador da câmara temática especial de petróleo e gás do condesb, Marcio Lara, que abordou o compromisso da governança com o desenvolvimento das cidades da região em especial Santos que está com varias obras e projetos em andamento, como um mergulhão que ira desafogar o transito das ruas que ligam ao cais alem de projetos para melhoria do transporte público.
Em seguida, na terceira palestra do dia; Os impactos no cenário empresarial regional, o representante da Associação Comercial de Santos (ACS), Virgilio Gonçalves Pina Filho alfinetou a governança ao afirmar que a cidade não estava preparada para tamanho volume de pessoas que chegariam, uma possível migração de 40 mil pessoas para os próximos 5 anos. Segundo ele, Santos não conta ainda com uma boa estrutura nos seguimentos de saúde, educação, entretenimento para atender o crescimento real.
A falta de estrutura e a preocupação com o desenvolvimento também foi tema da quarta palestra; Síntese dos aspectos relevantes e demandas identificadas para o desenvolvimento do litoral paulista, da representante da Agencia Metropolitana da Baixada Santista, Débora Blanco Bastos Dias que voltou a relacionar os royalties com o desenvolvimento local, onde colocou que não há uma comprovação entre as receitas que as cidades recebem com esses pagamentos e seu desenvolvimento humano local, sugerindo que o ponto chave é a forma como o município se prepara para adaptar à atividade petroleira na região.
Débora ainda colocou a questão da instalação de estaleiros e terminais marítimos, uma necessidade que gerará empregos. Porém, segundo ela, para que a região se beneficie da atividade de petróleo e gás é essencial que a população local esteja apta para ser absorvida pelo marcado. Débora ainda colocou a importância do crescimento exponencial do litoral sul de são Paulo que cresce muito mais que as outras grandes áreas e a importância da criação de uma ligação entre essas cidades com são Paulo além das rodovias tradicionais.
Por fim, Gerente-Executivo da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso, abordou o tema; O cenário regional sob a ótica da Petrobras e perspectivas para o futuro que, otimista disse que a crise não modificou nenhum projeto da bacia de santos e não iria desacelerar, e irá tirar da crise a oportunidade, e com fatos e fotos mostrou essa realidade.
Marcusso mostrou os novos campos que irão começar a se desenvolver como o campo de Lagosta, que fica a 6km de merluza e que ira ser iniciado em Janeiro. Reforçou a importância do campo de Mexilhão, o maior campo de gás da America latina (15mil/m³).
Apresentou o projeto em andamento em Caraguatatuba da Unidade de Tratamento de Gás UTG- Monteiro lobato. Além de com bom senso de humor mostrou o FPSO Cidade de Santos que está sendo construído na China.
Sobre o Pré-Sal, Marcusso disse que ano que vem um teste de longa duração (TLD) será feito no campo de tupi, e que no final de 2010 ocorrera a primeira produção comercial de Tupi que contara com 100 mil bpd de óleo e 4 milhões m³/dia de gás. Como ações esquemáticas de curto prazo para o pólo pré-sal da bacia de santos ele citou a implantação de mais 2 pilotos de produção em 2013 e 2014, além da construção de mais 8 FPSOs e colocação deles em geração até 2016. Marcusso ainda anuncio a criação do museu da história do petróleo e desenvolvimento da cidade em um dos galpões próximos da área arrematada para ser construído a nova cede da Petrobras.
O evento possibilitou a apresentação de propostas e troca de experiências entre setores envolvidos para auxiliar no planejamento de ações do Governo do Estado e para analisar os principais impactos ambientais, além de avaliar demandas por educação, saúde e transportes em áreas próximas a estruturas de exploração e produção de petróleo no litoral paulista.
postado por: Diego Thadeu
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Revista TN Petróleo - Profissões
Mais uma matéria da Revista TN Petróleo abordando dentro das profissões com maiores demandas no setor petrolifero o merado de trabalho especifico, as caracteristicas dos profissionais, dos cursos, médias salariais e no final uma lista com algumas universidades que oferecem esses cursos.
Clique na imagem para baixar a matéria
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Atenção Tecnólogos em Petróleo e Gás
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Petróleo
Segue abaixo, excelente matéria feita pela Revista Tn Petróleo sobre o Petróleo, seus marcos históricos, a História do Petróleo no Brasil e muito mais. Vale a pena dar uma conferida! E depois comentem o que acharam!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
dica de livro
É um excelente livro sobre um tema que está em tamanha evidencia atualmente que são os evaporitos (camada pré-sal). O livro é todo em inglês e em suas 1041 paginas conta com um total de 654 figuras. Recomendo aos estudantes pois além de uma grande fonte de pesquisa de um autor de nome no mundo da geologia, mas também como uma leitura descompromissada para as ferias. Espero que gostem. Read more...
Dicas para uma carreira promissora
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Como funciona uma refinaria de Petróleo?
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Cursos Tecnológicos ganham mercado.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
O Etanol
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Audio da Palestra
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Oportunidade de Emprego
Macaé, candidatos com o perfil abaixo:
Ampla experiência na função;
Inglês avançado;
Espanhol desejável;
Curso superior voltado para Petróleo;
Experiência com serviços de perfuração e poços;
Disponibilidade de mudaça com a familia a outras localidades;
Disponibilidade de horário;
Salário: Informar pretensão salarial
Beneficios: Cursos de especialização na área, VT, VR, Alimentação,
Plano de saúde e odontológico, entre outros...
Importante: Se você tem o perfil descrito acima e quer participar do
processo seletivo, envie seu currículo para iolanda@dsrh.com.br,
colocando no assunto do e-mail o título da vaga. Read more...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
PETROLÍFERAS MANTÊM CAÇA À MÃO-DE-OBRA
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Tecnólogo por dentro da Legislação
Graças a Deus o TecnoPeG' tem crescido e tem tido cada vez mais leitores assíduos, mas com isso a responsabilidade também aumenta! rs
sábado, 8 de novembro de 2008
Esclarecimento do Tecnólogo em Petróleo e Gás
Boa Tarde amigos leitores do Tecnopeg,
Normalmente não posto aos finais de semana, porém esse em especial abrirem uma exceção pois ontem pude participar de uma excelente reunião com o coordenador geral do curso da Estácio de Sá de São Gonçalo.
Foi uma palestra/reunião com alguns representantes de cada turma de Tecnólogo em Petróleo e Gás do Campus de São Gonçalo no qual pudemos tirar algumas dúvidas, dar sugestões, esclarecimentos e etc.
Primeiramente, gostaria muito de agradecer ao Coordenador Geral, Júlio Jorge, pela colaboração, pela paciência e pela vontade de nos ajudar, porque não são todos que colocam a "cara a tapa" dessa forma.
Tentarei pegar com ele uma lista com empresas que estão aceitando os Tecnólogos, conforme ele nos mostrou , assim como a gravação em áudio desse reunião, e assim que possível estarei disponibilizando para o nosso blog.
Nessa reunião pude conhecer muitas pessoas que já trabalham na área, então isso mostra, que é possível sim conseguir um emprego, é difícil mas com força de vontade e dedicação torna-se mais fácil. É claro, contamos com a colaboração da nossa querida Estácio para isso.
Para aqueles que participaram dessa reunião, por favor comentem, para que podemos fazer desse blog mais que um local para disponibilizar arquivos e sim um local de discussão e debates
Conto com a ajuda de todos,
Obrigado pela atenção!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Prominp abre inscrições para mais de 21 mil vagas em 12 estados
Do total de vagas, 16.808 são para cursos de nível básico, 3.487 para cursos de nível médio, 460 para nível técnico e 420 para cursos de nível superior. (Veja aqui a tabela das vagas ).
A prova nacional será realizada em todas as localidades com oferta de vagas e está agendada para o dia 18 de janeiro. As inscrições podem ser feitas através do site do programa - www.prominp.com.br -, ou nos postos de inscrição credenciados, listados no edital. Além desses, serão criados mais postos no decorrer do período de inscrições, que serão divulgados por meio do site do Prominp e da imprensa, ou pelo telefone da Cesgranrio (0800 701 2028).
Detalhes do edital, a taxa de inscrição do processo seletivo é de R$22 para nível básico, R$38 para os níveis médio e técnico e R$ 56 para nível superior. A inscrição só será confirmada após o pagamento da taxa. Existe a possibilidade de isenção da taxa de inscrição para candidatos que possuírem o Número de Identificação Social - NIS e declararem que não possuem recursos financeiros para pagamento do valor. Para fazer jus à isenção total da taxa, os candidatos devem atender às condições listadas no Edital.
Para concorrer a uma das vagas oferecidas, o candidato deve ter idade igual ou superior a 18 anos, além de preencher os pré-requisitos do curso desejado. Os candidatos aprovados no processo seletivo, que estiverem desempregados durante o curso, receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 300 mensais para nível básico, R$ 600 para níveis médio e técnico, e R$ 900 para nível superior.
A participação nos cursos do Prominp não garante emprego após a conclusão do curso. O objetivo é oferecer cursos para melhorar a qualificação dos profissionais que serão, eventualmente, aproveitados pelas empresas privadas fornecedoras de bens e serviços do setor de petróleo e gás natural.
Todas as informações sobre os cursos oferecidos nesta etapa de seleção podem ser obtidas no Edital, que estará disponível para consulta e download, a partir do dia 10 de novembro, nos sites do Prominp (www.prominp.com.br) e da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br), e também nos locais de inscrição.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Somos todos gerentes?
Um problema que afeta diretores e gerentes de qualquer empresa na comunicação com seus funcionários é a falta de consciência do trabalho que está sendo executado. Naturalmente, quando lidamos com diversos processos operacionais, é mais fácil perdermos a visão total da figura; muitas vezes estamos conduzindo pequenos projetos e não nos damos conta disso. É uma tendência humana perder a noção do geral quando exerce uma atividade particular, e muitas pessoas não conseguem compreender a razão para tratar alguns trabalhos como projetos (compreendendo projeto como todo empreendimento temporário em busca de um resultado único).
Como a história nos conta, a Indústria do Petróleo atravessou o século XX entre picos e distúrbios em busca da consolidação. Hoje, mesmo amadurecida, é uma indústria que nunca deixa de se deparar com o particular desafio das novas descobertas e dos avanços tecnológicos. Neste ponto, é uma indústria semelhante até mesmo ao programa aéreo espacial: envolve complexidade, tecnologia de ponta, cenários de desenvolvimento constante, com muitos riscos conhecidos e outros tantos desconhecidos. Além destes pontos, guardam semelhanças por envolverem orçamentos muito elevados.
Para atuar em grandes (ou até mesmo pequenos) projetos, torna-se cada vez mais relevante o envolvimento de técnicos e gerentes do mais alto nível, com certificações respeitadas e conhecimento comprovado na indústria do Petróleo e no gerenciamento de projetos . Daí decorre o crescente interesse por gerentes de projetos certificados pelo Project Management Institute (PMI).
Não é apenas a alta especialidade técnica que dispara esta busca por profissionais certificados; conta também o fato de vivermos em uma época na qual o tempo é sempre muito corrido. O gerente que trabalha dentro de uma consistente noção gerencial – ou seja, o gerente que está ambientado com projetos e que está certamente mais preparado para utilizar as ferramentas e práticas do PMI e largamente utilizadas na Indústria do Petróleo. Quando profissionais participam de equipes de projetos e mesmo entre diferentes projetos "entendem" melhor o vocabulário empregado, o que elimina dúvidas e erros bastante comuns em projetos não-estruturados (sem metodologia de gerenciamento).
A título de ilustração, vamos demonstrar as dificuldades existentes na comunicação entre indivíduos que não compartilham do mesmo conhecimento sobre o significado de termos técnico-administrativos. Seria uma verdadeira "Torre de Babel", ou seja, ninguém entenderia ninguém. Considerando os chamados "canais de comunicação” entre os participantes de um projeto ou de uma atividade específica, podemos calcular, pelo simples uso da fórmula abaixo
Canais de comunicação = (n² -n)/2
(onde n corresponde ao número de participantes envolvidos), o número de possibilidades de surgirem "ruídos" ou mal-entendidos na comunicação.
Por exemplo, uma equipe formada por um gerente, doze colaboradores diretos e mais sete interessados ("stakeholders", em inglês) – perfazendo o total de vinte indivíduos – com a aplicação da fórmula acima (sendo a letra n substituída pelo número vinte) e efetuando os cálculos, chega a cento e noventa canais de comunicação. Se uma situação desta dimensão for mal administrada, a tendência é de que os custos disparem e o controle seja completamente perdido.
Esta situação caótica, vale lembrar, está longe de ser teórica. Na realidade, é até mesmo muito comum em projetos e atividades operacionais contínuas. Qualquer projeto sofre com a falta de conhecimento uniforme dos participantes.
Há também, é claro, sempre quem confunda a importância de uma formação gerencial com preciosismos profissionais, como o uso de programas como o MS Project. Tais preocupações são irrelevantes: o gerente pode usar simples planilhas eletrônicas ou mesmo a velha folha de papel em branco para estabelecer suas metas (objetivo do projeto), prazos a serem obedecidos (cronograma), valores a serem solicitados (orçamento) e recursos necessários (aquisições). O importante é o conteúdo e a noção do que está sendo elaborado.
Os treinamentos gerenciais têm trazido ganhos enormes. No caso dos treinamentos do Clube do Petróleo, por estarmos diretamente envolvidos, podemos constatar nos resultados como os funcionários se tornam:
1. Mais capacitados para diferenciar projetos de atividades operacionais.
2. Mais preparados para planejar suas ações, definindo os prazos a serem obedecidos.
3. Capazes de mensurar a relação custo x benefício de projetos e demais atividades, sabendo elaborar um esboço do orçamento e até mesmo recomendar a descontinuidade de atividades, tarefas e pequenos projetos cujos benefícios pouco atrativos não justificam os custos estimados.
4. Capazes de documentar os novos processos e atividades para facilitar a passagem de serviços e treinamento on-the-job para novos empregados.
Estamos entrando em uma era de muitas transformações em nossa relação com o trabalho. É um tempo em que a facilidade de nos perder em processos os quais não compreendemos (por serem altamente especializado) tende a ser um obstáculo um tanto perigoso. Faz-se necessário que nos situemos.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
1° Workshop de Petróleo da UNICAMP
O workshop realizado pela UNICAMP ocorrerá entre os dias 10 a 12 de novembro e contará com; Palestras técnicas, mini-cursos, mesa-redonda e palestras de recrutamento, com a presença de empresas do setor petrolífero assim como profissionais renomados da área, que irão expor suas pesquisas e experiências para os alunos e professores com interesse nas áreas: Reservatórios e Gestão – Exploração – Explotação – Economia – Geologia – História do Petróleo.
As inscrições podem ser feitas aqui
A grade completa da programação você confere aqui
O valor da inscrição é de apenas R$10,00.
Informações: www.dep.fem.unicamp.br/spe
Imperdivel para os estudantes de todos os cursos relacionados a petroleo.
sábado, 1 de novembro de 2008
Fazer certo da primeira vez?
Para uma empresa, não existe nada mais fundamental do que manter e/ou aprimorar a qualidade de seus bens e serviços: não existe qualquer funcionário ou patrão que vá desmentir esta frase. Uma empresa que se posicione melhor do que seus concorrentes invariavelmente conseguirá obter espaço no mercado. Mesmo quando entra em competição com empresas mais capitalizadas, uma empresa de qualidade conquista seu espaço. Isso é um fato.
No entanto, como é de hábito, a noção de qualidade acaba muitas vezes sendo deturpada. Lembro muito da década de 90, um período saturado pela neurose da “qualidade total”, quando se multiplicaram os consultores-gurus cuja missão era promover verdadeiras lavagens cerebrais dentro das companhias. Naquela época, era um lugar comum a idéia de fazer certo da primeira vez e atingir a meta de zero por cento de erro.
Foi esse o auge dos “círculos de qualidade”, grupos de discussão desenvolvidos pelo Professor Kaoru Ishikawa (na década de 60) para debater maneiras de melhorar o desempenho das empresas e que acabaram tornando-se uma ferramenta perniciosa nas mãos de gerentes xiitas. No auge desta paranóia – e dentro de muitos cursos dos quais participei – eu sempre acenava afirmativamente com a cabeça, mas no fundo estava me perguntando se todos aqueles mestres saberiam andar de bicicleta, surfar, dançar ou até mesmo se praticavam outros prazeres os quais é melhor não comentar neste artigo. Eu pensava desta forma não por cinismo, mas porque sabia que todas estas habilidades eu havia desenvolvido ainda na infância ou na adolescência, invariavelmente em um exaustivo processo de tentativa e erro.
É verdade que o período da “qualidade total” teve seus bons frutos. Foram seus mestres também os maiores propagadores da melhoria contínua, um conceito ao qual atribuo uma importância destacada dentro da gestão dos processos. Dentro deste conceito, destaco a utilíssima técnica do PDCA (Plan/Do/Check/Act), que consiste em 4 etapas: planejamento, ação, checagem e reparação de erros. É interessante colocar todas estas etapas em um mesmo patamar e encara-las como um círculo que deve ser rodado para que funcione, pois é comum vermos um profissional perder-se no meio do caminho e esqueçer uma ou mais etapas. Muitos gerentes se acomodam diante do conforto e da segurança do planejamento, não tendo a coragem necessária para implementar as ações planejadas. Até mesmo quando a coragem existe e as ações ocorrem, ainda assim há o risco de não se medir os resultados ao longo do tempo. O bom gestor, ressalto, é aquele que planeja, toma ações, mensura resultados e ajusta tudo o que não deu certo.
É comum assistirmos a empresas que repassam a seus funcionários idéias como "a visão" ou "a missão" - em geral um tanto utópicas - acreditando que assim estarão lhes motivando e impulsionando. É evidente que a filosofia não é de todo ineficaz – pode sem dúvida funcionar em alguns casos – mas, por experiência própria, posso garantir que na maior parte das vezes este otimismo só serve para jogar a poeira para baixo do tapete. Sem contar que colocar a empresa no topo tende a excluir a noção de concorrência: os funcionários trabalham acreditando que estão sob a proteção de uma marca intocável; esquecem que existem outras empresas trabalhando ao mesmo tempo e dentro do mesmo "marketshare". É famosa a história de que Garrincha, ao ouvir as orientações do treinador sobre como e quem deveria driblar em uma partida contra a U.R.S.S. (na Copa de 58), respondeu abismado: “O senhor já combinou isso com os russos?”. Aqui estamos diante do mesmo caso.
Hoje já não tenho dúvidas de que o segredo do sucesso está em desenvolvermos capacitações, habilidades e vantagens competitivas; o que chamo de “nossas fortalezas”. Qualquer plano que elaboremos deve sempre girar em torno destas fortalezas, jamais desprezá-las. Quando planejamos, precisamos ser realistas para perceber que, em muitos casos, não dispomos das “fortalezas” necessárias para a empreitada. Às vezes, não existe de fato qualquer saída e despender nossos esforços torna-se inútil. Um monoglota pode desempenhar diversas funções, mas jamais será um comissário de bordo internacional. Neste caso, resta ao profissional ajustar os planos às suas capacidades: talvez este hipotético indivíduo possa entrar na vida de comissário de bordo e, posteriormente, desenvolver novas “fortalezas” para atingir as metas mais ambiciosas. O importante é jamais atropelarmos nossas ações, nunca desperdiçarmos “fortalezas” de pessoas e empresas através de um planejamento ineficiente.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Perguntas e Respostas sobre o Pré-Sal
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Exploração de Petróleo nos sedimentos do pré-sal

quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A volta por cima dos Tecnólogos
Matéria muito interessante que saiu na Revista Ensino Superior, falando sobre a procura por cursos tecnológicos e sua aceitação no mercado! Encontrei no excelente blog SOU TECNÓLOGO, um blog voltado para Tecnólogo em geral.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Revista TN Petróleo nº 61 - A revolução do Pré-Sal
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Infra-Estrutura do Petróleo
Por André Luiz.
Tenho a convicção que se o desenvolvimento da exploração do Pré-sal for tratado no campo das tecnicidades que lhe são de fato requeridas, teremos tudo para nos tornarmos grandes produtores, mas acima de tudo temos que nos transformar em grandes beneficiadores desse petróleo, pois caso contrario cairemos naquela máxima do cidadão que gastou uma fortuna para comprar um baita carro , mas que agora não tem dinheiro pra gasolina.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
O PETRÓLEO (NÃO) É NOSSO!
Você conhece o Capitulo V, Seção I, Artigo 26 da nossa “maravilhosa” Lei do Petróleo 9478/97? Vamos a ela:
Art. 26. A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses bens, após extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais correspondentes.
Até onde consegui pesquisar, nenhuma nação do planeta tem um dispositivo desse em sua Lei. Discuta-se o artigo:
“por sua conta e risco” Eu desconheço um concessionário que tenha explorado em uma área onde a “nossa” Petrobras não tenha partido na frente. Então estamos falando de que risco? Deve ser que nem todo poço perfurado ocorre óleo, mas mesmo os que não resulta em comerciais gera dados para futuras perfurações. Não me venha com história de 51 anos de monopólio, afinal nos anos 60, 70 e início dos anos 80 existiam os contratos de risco (permitiam a união de outras operadoras com a Petrobras na exploração de petróleo).
“em caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses bens,” Aqui começa o equívoco dessa Lei. O petróleo não é um commodity comum, o petróleo é um bem estratégico para a nação que o tem. O EUA é uma potência em grande parte graças ao petróleo que possui nas suas terras e nas que são “donos”. Você sabia que os Estados Unidos possuem uma reserva estratégica de petróleo enterrada próxima ao Golfo do México de mais 800 milhões de Barris?
“após extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais correspondentes.” O que a operadora recolhe a União a título desses tributos é o seguinte: royalties 10% ,mas um dispositivo da mesma Lei permite a redução até 5% por tanto pesquise uma produção que pague mais de 5%, eu não a encontrei. E não ultrapassa 10% de impostos variados, e existe uma participação especial sobre grande produção (regulamentada pela Lei nº 10.261, de 2001) e não vai ultrapassar a 15% do montante total, ou seja, totaliza no máximo 30% da riqueza gerada ficando no Brasil.
A questão não é essa, como petróleo não um commodity comum, não é o dinheiro o fator predominante e sim o produto em si. A Líbia, por exemplo, compra 80% de sua produção de qualquer operadora que produzir em seu país – é Lei. Agora me passa uma coisa, no mundo capitalista a regra geral e ter liberdade, mas penso que as “majors” não devam está muito interessada em quem vai pagar a conta uma vez que nesse mesmo mundo capitalista o mais importante é o dinheiro e não seu dono. A não ser que exista outra razão, mas isso já foi exaustivamente debatido há tempos por Monteiro Lobato e não deu em nada. Opa!! Rendeu-lhe a quebra de sua empresa de petróleo e a sua prisão por quase quatro meses.
Por tanto voltaremos ao tempo atual onde o capitalismo está bem consolidado. Devemos sim ter uma discussão ampla e séria, nos moldes do “O Petróleo é Nosso” no que tange a abrangência nacional e não uma discussão de gabinete onde uma meia-dúzia de pessoas que nunca se sujaram de petróleo, apenas com o “realpetro” tenha “suas” opiniões expressas na mídia todos os dias.
Devemos encarar o assunto petróleo com mais seriedade, pois corremos o risco de repetir o erro da Nigéria que embora tenha mais óleo que o Brasil vive sem os derivados na sua Nação ou até o Irã, um dos maiores produtores do planeta, que vive com o racionamento constante de combustíveis.
O mercado brasileiro está aberto ao capital estrangeiro, alguma “majors” interessou-se pelo parque de refino? O consumo interno de derivado aumenta a cada ano, o Brasil já importa diariamente milhares de barris de óleo diesel, sem contar os milhares de m3 de GN e GLP. Exportar óleo cru (brasileiro) a 75 dólares e importar derivados ao dobro desse valor não me parece uma matemática muito boa.
No futuro bem próximo teremos problemas sérios de disponibilidade de derivados e seremos “super potência” produtora, mas a balança comercial sempre negativa.
A prata já foi indicativo para determinar as nações poderosas, já foi o ouro e até há pouco tempo o dólar possuía essa conotação, mas já algum tempo o petróleo vem ocupando essa posição. O petróleo tem motivado as recentes guerras e desentendimento entre nações.
Por isso o foco da discussão deve ser mudado, não interessa quem vai produzir o pré-sal, já está claro que essa briga é política. A criação de uma nova empresa 100% estatal (“Petrosal”) vai interessar a indústria do petróleo ou aos “políticos” de plantão?
O foco deve ser: para onde vai essa produção. O que fazer dessa produção. Vamos entregar aos países desenvolvidos não gerando riqueza para povo como faz a Venezuela, a Bolívia, a Nigéria? A discussão deve ser um novo modelo regulatório, onde a produção deva ser comercializada para o país que a possua. Read more...
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Tecnólogo em Petróleo e Gás é notícia!
Caros Tecnólogos!
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
ESCALA GEOLÓGICA
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Inglês rápido e fácil
Amigos Tecnólogos e interessados pelo setor de petróleo e gás, não preciso dizer aqui a importância do inglês em nossa carreira. Todos sabemos como é vital o aprendizado de outro idioma na indústria do petróleo, principalmente o inglês. Mas, muitos talvez, enfrentam dilemas como: falta de tempo, falta de dinheiro, e dificuldade no aprendizado.
- Um curso de inglês concebido para aprender inglês com o qual poderá estudar inglês onde e quando quiser. Aberto 365 dias por ano, 24 horas por dia. O primeiro curso com tecnologia Intonation de reconhecimento de voz, com ditados autocorrigidos , com exercícios de roleplay e com secções de gramática inglesa, também muito importante.
- Um Professor de inglês destacado desde o primeiro dia. O Professor revê as suas lições para avaliar a aprendizagem e corrigir os erros. Também responde às dúvidas sobre gramática, vocabulário ou expressões. Será mais fácil de aprender inglês na Internet.
- Uma comunidade de estudantes de todo o mundo para falar inglês desde o primeiro dia. Sem medo. A prática real do idioma é uma grande ajuda para fortalecer a aprendizagem.
DEVOLVERÃO O DINHEIRO! É ISSO MESMO! VOCÊ TERÁ SEU DINHEIRO DE VOLTA!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Sindicato dos Tecnólogos em Petróleo e Gás
Sabemos que os sindicatos não são lá flor que se cheire, no entanto é essencial, e este em especial esta começando então para crescer vai precisar mostrar serviço... e é o que tem feito, através dele temos desconto em cursos no instituo Bessa (ms project, primavera etc), aulas de inglês técnico todos os sábados de GRAÇA, e o mais importante, divulga para as empresas nosso curso e nossos talentos, lá promovem seleções com prova, entrevista para filtrar candidatos e os indicarem, já colocaram pessoas na Halliburton e Aker solutions entre outras, temos um blog mas por enquanto é muito fraquinho o ideal é ir pessoalmente lá o end. Rua Mariano Sendra dos Santos,88-sl 406 Centro de Duque de Caxias tel 3673-7639.
TecnoPeG' está de volta!
Caros leitores do TecnoPeG',
domingo, 21 de setembro de 2008
Projeto de Estruturas Marítimas

Fonte: Google
Escola Politécnica da Universidade São Paulo - Departamento de Estruturas e Fundações -
PEF 2506 –Projeto de Estruturas Marítimas
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Desculpem-nos pela ausência!
Caros leitores! Gostaria de pedir desculpas pela falta de postagem nos últimos dias, mas é porque a época de provas está começando concomitantemente com o período mais turbulento em meu trabalho, ou seja, fico sem tempo pra nada!
China: como será possível alimentar este gigante?
No atual panorama mundial, falar em transformação e crescimento é falar da China. O país, com muito mais de um bilhão de habitantes, é um exemplo único de progresso na história, um país que caminha rumo ao topo do cenário geopolítico com uma velocidade surpreendente e aparentemente incontrolável. No entanto, é importante lembrar que toda evolução carrega consigo um custo, e o custo chinês é diretamente proporcional ao tamanho espetacular de seu desenvolvimento. Os sintomas já podem ser observados: falta de água potável para parte da população, poluição atmosférica, demanda energética, espaço cada vez mais limitado para a agropecuária (esgotamento do solo e crescimento das cidades), entre outros. Enquanto o mundo observa com expectativa o fenômeno chinês, o governo (em conjunto com diversas empresas multinacionais) vem tomando atitudes para equilibrar esta situação e impedir uma possível desorganização do país, que poderia até implodir caso continuasse no atual estado de desequilíbrio dos seus recursos naturais.
No caso dos recursos hídricos, o problema é sério por diversos fatores. Em primeiro lugar, a demanda é naturalmente muito alta: a China detêm 7% da água do planeta e mais de 20% da população. Esta não seria uma proporção tão grave se 75% dos seus rios não estivessem poluídos e se o país não contasse com um sistema pouco eficiente de distribuição. Para solucionar o problema, o governo conta especialmente com a otimização desta distribuição e com o tratamento da água poluída, prevendo para isto um orçamento estimado em 125 bilhões de dólares. Somado a isso, o governo ainda deve conviver com a vontade separatista do Tibet, região com reconhecido potencial hídrico.
Importante lembrar que esta questão afeta ainda países vizinhos da China, que por si só já sofrem com graves problemas no setor hídrico. O Cazaquistão, por exemplo, além de ver sua água reduzida pelo mau uso e pela poluição, ainda assiste aos chineses desviarem parte das águas de rios comuns aos dois países, que assim chegam ao seu território bem menos caudalosos. A China talvez fizesse o mesmo com o rio Brahmaputra, que atravessa também a Índia e Bangladesh (países onde menos da metade de sua "superpopulação" consegue ter acesso à água potável com regularidade). Acreditamos que, neste caso, seja a força política do governo indiano que ainda não permitiu a interferência neste importante rio.
A água também consiste em um sério problema para a agricultura. Embora a China conte com um bom número de terras aráveis, não dispõe de água suficiente para investir em todas estas terras. Um pouco por esta razão e um tanto por necessidade, o governo chinês acaba por estimular o estabelecimento de novas cidades em regiões próprias para o cultivo e a pecuária.
Em outro nível de necessidade, a China também sofre com a demanda energética. Em 20 anos, o consumo de petróleo já passou de 2 milhões para mais de 7 milhões de barris por dia, tornando o país o segundo maior consumidor do mundo (atrás somente dos EUA). A produção, em contrapartida, subiu apenas 500 mil barris por dia, com um grande declínio nas suas reservas de petróleo. O país optou por investir pesado no downstream; a maior parte das suas refinarias passa por reformas ou estão sendo completamente trocadas por outras maiores e mais sofisticadas. Um problema antigo da China é a dificuldade para refinar o óleo pesado, o que em breve deve ser superado (representando no futuro uma excelente oportunidade para o Brasil, o qual poderá se tornar um importante exportador de petróleo). Hoje um projeto de 5 bilhões de dólares envolve a construção de uma refinaria chinesa em Guangzhou e que será capaz de refinar 300.000 barris por dia.
Muito mais abundante para os chineses do que o petróleo é o carvão, um recurso do qual a China é, disparada, a maior consumidora (mais de 2 bilhões de toneladas contra 23 milhões do Brasil). O carvão representa cerca de 70% do consumo energético do país e a China apresenta reservas estimadas em mais de 125 bilhões. Com o ritmo de consumo tendendo a crescer ainda mais, o R/P (reserva/produção) do país pode não durar mais do que 50 anos.
Como a pressão ambiental vem crescendo ao mesmo tempo em que as reservas de carvão apontam para esse esgotamento em meio século, a atitude do governo chinês tem sido a de buscar fontes alternativas e, simultaneamente, declarar seu apoio ao projeto de redução de emissões do carbono. O que não se sabe é o quanto o meio ambiente do planeta e a própria China poderão suportar até que o país consiga se desvencilhar desta dependência em relação ao carvão.
A poluição e o caos urbano podem ser bastante agravados com uma tendência que vem há anos se mostrando perigosa. Segundo dados recentes, de 1995 a 2005 a frota de bicicletas na China caiu de 670 milhões para 435 milhões, enfrentando o significativo aumento no número de carros privados (4,2 milhões para 8,9 milhões). Se esta tendência se confirmar – o que parece inevitável com o aumento da renda per capita e com a ocidentalização dos costumes chineses – o aumento no consumo de derivados do petróleo será muito alto e as cidades deverão ser todas completamente replanejadas. Com o custo barato dos carros chineses, é provável que em breve o mercado estrangeiro também se torne um excelente alvo para uma "super-eficiente"
A maior preocupação gerada pelo aumento da frota de carros chinesa é evidentemente causada pela mega população do país. Esta superpopulação leva o governo a agir de maneira discricionária para manter uma baixa taxa de natalidade. O que sustenta este tipo de postura é o medo de que a situação siga, por exemplo, as vias indianas (onde, por razões religiosas, o governo relaxa no controle familiar e depois tem de lidar com problemas crescentes, como o acumulo de lixo, a água poluída e outras complicações resultantes da pobreza).
Uma das maneiras através das quais os chineses vem buscando suprir suas necessidades é procurar soluções dentro do próprio continente. Na Ásia Central encontra-se o já citado Cazaquistão, cujo potencial acesso ao petróleo do Mar Cáspio e as boas reservas de gás natural podem ser fundamentais para os planos chineses. Nessa união interpõe-se dois problemas: em primeiro lugar, os problemas internos que a China enfrenta com os separatistas mulçumanos em suas províncias do noroeste; em segundo lugar, a situação política do próprio Cazaquistão, dividido entre a influência russa e o brilho do mercado consumidor chinês. Fora do continente, a China também nutre expectativas em relação aos países africanos, importando petróleo de países como Angola e Sudão e investindo na agricultura em fazendas de Uganda e Camarões.
Embora as dificuldades se apresentem em uma escala preocupante, a verdade é que o futuro permanece ainda em meio a um nebuloso cenário. Para nós, não há dúvidas de que os chineses terão, como sempre, uma enorme disposição para corrigir os seus problemas. O que não podemos prever é se eles serão tão eficazes a ponto de evitar que estes problemas venham a comprometer seu vertiginoso crescimento econômico.
Mauro Kahn & Pedro Nobrega - Clube do Petróleo - Leia outros artigos e os primeiros desta série acessando o site www.clubedopetroleo.com.br
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Exploração e Produção no Hemisfério Norte
Por Mauro Kahn e Pedro Nóbrega
No entanto, alguns obstáculos para que esse petróleo passe de fato a assumir um papel de destaque na produção nacional colocam-se no caminho. O principal deles diz respeito a questões ambientais. Cercada por reservas, a região já sofreu com o grave derramamento da Exxon Valdez em 1989 (até hoje considerado um dos mais traumáticos da História) e com mais um derramamento em 2006 (de menores proporções, mas suficiente para despertar a atenção dos órgãos de proteção ambiental). A pressão vem sendo muito forte por parte dos ambientalistas e – ainda que não impeçam o avanço nos projetos de coligação entre os dutos do Alasca e do Canadá – fazem com que investidores e políticos re-avaliem os benefícios de seguir por este caminho.
A pressão recai especialmente sobre os republicanos, acusados de querer aumentar a produção americana a qualquer custo. A escolha da governadora do Alasca Sarah Palin para integrar a chapa de John McCain é um indício das intenções republicanas, embora o atual governo esteja optando por investir no Golfo do México e fortalecer relações com o Canadá. Uma alternativa capitaneada pelos democratas para atenuar a demanda americana concerne o investimento em bioenergia. Por outro lado, apesar da capacidade americana de produzir o etanol a partir do milho, a quantidade de grãos necessária para produzir combustível de qualidade satisfatória é alta, o que leva a um aumento de preços preocupante para os criadores de gado e ativa os protestos de quem clama ser absurdo plantar energia no lugar de comida.
O Canadá vive uma situação semelhante ao Alasca em relação à questão ambiental. Extraído do arenito betuminoso, o mais promissor petróleo canadense (com reservas estimadas em 175 bilhões de barris) produz pelo menos cinco vezes mais dióxido de carbono, dentre outros danos relacionados ao ar, ao solo, às florestas e à água (a organização não-governamental Greenpeace posiciona-se como um dos mais ferrenhos adversários deste método de produção do petróleo). O gasto com gás natural também é extremamente alto; vale lembrar que os dispêndios atuais seriam o suficiente para alimentar 3,2 milhões de casas (isto se formos nos basear em dados atuais, desconsiderando o futuro aumento de produção).
Outra dificuldade para a extração do petróleo canadense é o custo de produção (o arenito betuminoso é mais caro de refinar e o aproveitamento do material bruto costuma ser menor). Durante muito tempo, devido à falta de tecnologia apropriada, a produção foi barrada por não gerar lucro. Mesmo hoje – quando o custo de extração baixou consideravelmente e o índice de recuperação saltou de 10% para 25% - existe a preocupação com a queda no preço do barril e com os altos investimentos necessários para habilitar uma infraestrutura capaz de suportar a produção em larga escala. O projeto canadense é produzir 4.8 milhões de barris/dia em 2020, o que lhes colocaria entre os 5 maiores produtores de petróleo do mundo.
Logisticamente, o Canadá não tem do que reclamar. Próximo de seu principal consumidor, os EUA, o país pode exportar facilmente seu petróleo através do Atlântico para a União Européia e, em um futuro próximo, poderá também transportá-lo até a China (falta ainda uma rede de dutos que leve o petróleo até o Pacífico). Hoje uma das principais discussões que envolvem o petróleo canadense é exatamente acerca do destino desse petróleo: enquanto alguns defendem que o Canadá se torne um exportador praticamente exclusivo dos EUA, apoiando-se na longa e fértil relação entre ambos os países, outros enxergam nas “areias oleosas” uma oportunidade de reforçar a independência econômica do Estado em relação aos vizinhos.
Como podemos constatar, o problema do petróleo no Hemisfério Norte – ao contrário da maior parte dos produtores – já não é a disputa com vizinhos ou as dificuldades de transporte (embora tais questões sempre existam). Daqui a algum tempo, com novos avanços tecnológicos, talvez nem mesmo a infraestrutura seja mais tão cara. E então o problema continuará sendo, acima de tudo, a responsabilidade internacional de dois países de primeiro mundo em buscar soluções para atender às suas necessidades e interesses, sempre de grande dimensão, sem causar um grande prejuízo ao planeta.